27 de julho de 2011

Carnaval deve voltar em 2012 para o Plano Piloto


Em votação realizada, terça-feira (26/07), na sede da Uniesbe em Brasília, a maioria das entidades carnavalescas filiadas à Liga decidiu pela volta dos desfiles das escolas de samba para o Plano Piloto, já em 2012, no local definitivo em que será construído o Sambódromo de Brasília.

As entidades aprovaram, também, a sugestão de quatro áreas para a construção definitiva da Passarela do Samba - no fundo do Colégio Militar, ao lado da nova Rodoviária, ao lado do Shopping Popular e no estacionamento do Estádio Mané Garrincha. A decisão da ampla maioria das entidades carnavalescas e as áreas sugeridas serão agora encaminhadas pela diretoria da Uniesbe ao Secretário de Cultura para que o GDF defina a área escolhida como o palco definitivo do Carnaval de Brasília.

Essa é a segunda vez em que as entidades carnavalescas se posicionam a favor da volta dos desfiles para o Plano Piloto. Em 2009, TODAS as entidades filiadas à Uniesbe assinaram um documento, encaminhado na época à Secretaria de Cultura, reivindicando por unânimidade a volta dos desfiles para o Plano Piloto.

A votação de terça-feira teve 14 votos a favor da volta dos desfiles para o Plano Piloto contra apenas 4 votos a favor da permanência na Ceilândia. Na verdade, 3 entidades votaram a favor da Ceilândia - Águia Imperial de Ceilândia, Dragões de Samambaia e Aruremas do Recanto das Emas, sendo que o representante do Projeto Colibri de São Sebastião se declarou indiferente à questão, mas seu voto acabou sendo computado como favorável à permanência dos desfiles na Ceilândia.

A diretoria da atual campeã do carnaval de Brasília ARUC comemora a decisão amplamente majoritária das entidades carnavalescas pela volta dos desfiles ao Plano Piloto, já em 2012.

  O presidente Pará, da Uniesbe, que se declarou favorável à mudança definitiva dos desfiles para a área em que será construído o Sambódromo de Brasília e estranha a mudança de posição das 3 entidades que se manifestaram pela manutenção dos desfiles na Ceilândia, lembrando que em 2009 TODAS as entidades carnavalescas filiadas à Uniesbe assinaram um documento entregue, na época, à Secretaria de Cultura reivindicando a volta dos desfiles para o Plano Piloto.

Por: TigoRodrigues

26 de julho de 2011

Sete histórias mostram como é a prostituição de luxo no Congresso Nacional

Sexo, beleza e poder. E, como não poderia deixar de ser, casos que envolvem dinheiro e empregos públicos


Políticos gostam de holofotes, de aparecer. Nem sempre. Também atuam por trás das cortinas, no escuro, debaixo dos lençóis. Em casas noturnas, flats, apartamentos funcionais e até no local de trabalho. Pagando por isso, claro. Como fazem homens em geral, independentemente da atividade profissional, dirão. E especialmente quando têm dinheiro e poder. Por que deputados e senadores seriam diferentes?
O problema é que o negócio da prostituição corre solto nos prédios do Congresso Nacional. Em corredores, gabinetes e às vezes no plenário, garotas insinuantes se oferecem, são agenciadas por cafetões de terno e gravata e cortejadas aberta ou discretamente por algumas de Suas Excelências. Não há liturgia do poder que resista.
O mais grave é que algumas são pagas com o dinheiro público, contratadas por parlamentares para “trabalhar” em seus gabinetes. Mas nos gabinetes não trabalham, naturalmente. Passam todos os dias pelo Congresso só para bater o ponto e receber horas extras. As tarefas que executam são fora do expediente.
Garotas de programa só para VIPs abriram suas “caixas de pandora” e revelaram como trabalham. Contaram preferências de políticos que conheceram nos dias de sessões e nas noites de prazer. Agenciadores também falaram sobre suas atividades e tentaram recrutar a repórter.
Jovens que acabaram de chegar à maioridade têm rendimento mensal de dar inveja a marajás. Algumas garotas são bilíngues, moram em bairros nobres, têm o corpo aperfeiçoado por dispendiosas cirurgias estéticas e roupas de grife, geralmente presentes de clientes. “Se os políticos fizerem greve, as putas de Brasília quebram as pernas”, afirma uma delas.
I Evangélico e solteira procura
Cabelos negros, compridos e olhos marcados pela maquiagem exagerada. A beleza não é de chamar a atenção. Por isso ela usa as roupas justas, muito apertadas na região da paixão nacional, em cores fortes. Quase todos têm histórias dela para contar.
Seu trabalho é coletar assinaturas de deputados em projetos de lei. Há muitas meninas fazendo isso nos corredores da Câmara. Ela faz há dez anos, mas não se limita às assinaturas. Não faz cerimônia. Chama muitos parlamentares pelo primeiro nome, com intimidade.
Distancia-se para conversar com um deputado, a jornalista espera. Volta e é clara: “Você precisa ser simpática. Sorria. O deputado gostou de você. Vou arrumar uma ‘matéria’ com ele para você”.
Ela estava se recusando a dar entrevista e não queria falar nem quanto ganha (“menos de R$ 3 mil”, cedeu). Só aceitou conversar quando o deputado lhe perguntou quem era a moça com quem falava. “Ele mandou dizer que é da bancada evangélica e é solteiro”, cochichou. “Não seja boba! Ele te traz pra cá, para o gabinete dele.” Quando o deputado evangélico e solteiro volta, faz questão de apresentá-lo. Ressalta os olhos claros do homem de 46 anos, 20 a mais que a jornalista, e seu alto poder aquisitivo. Salienta que era ela a responsável pela apresentação, enquanto ele conferia o “produto”.
Ele foi embora e ela repetia que mandaria a jornalista ao gabinete dele, garantindo que poderia “contar” com ela. Foi quando se sentiu à vontade para revelar que um deputado pagou sua faculdade de Direito, mas ela desistiu na metade. “Fazer Direito para quê? Ficar enfiada em uma salinha? Eu amo colher assinaturas. Amo os parlamentares. Quero fazer isso pelo resto da minha vida.” E contou que comprou um apartamento de R$ 200 mil no Guará, valor que não cabe nos R$ 3 mil que diz receber.
Um homem observou a movimentação e aproximou-se: “Ela ganha muito mais por fora. Já saiu com deputados. Mas está mais para agenciadora do que agenciada. Se quiser, te consigo uma vaga aqui e você vai parar rapidinho em um gabinete”. Fez a mesma recomendação que a moça da roupa de cores fortes. “É só ser mais simpática e fazer o que pedem. Pode ser amante, mas não precisa ser fixa.”
Um bom desempenho poderia render à jornalista até R$ 10 mil por mês, segundo o rapaz.
II O charme das assinaturas
Belas e ousadas. Esse é o perfil das garotas das assinaturas da Câmara. O objetivo é conseguir pelo menos 171 assinaturas para um projeto. Em meio às garotas é possível encontrar poucos homens, e há duas ou três senhoras que já estão lá há anos na função. Poucas meninas não chamam a atenção pela aparência. Nem todas vão além do recolhimento de assinaturas, mas não são poucas as que buscam mais do que isso.
Uma delas, de pernas grossas e quadril abundante, se destaca pelo tamanho do vestido. A jaqueta jeans esconde um pouco, mas nada desmerece as curvas da pequena moça em cima de seu salto 15 cm. Alguns disfarçam, enquanto outros quase quebram o pescoço para conferir o corpo dessa e o de outras meninas. Há parlamentares que nem assinam, mas fazem questão de dar uma paradinha para cumprimentá-las. A simpatia é mesmo arma de trabalho, às vezes exacerbada.
As moças não trabalham todos os dias, apenas em dias de sessão, de terça a quinta-feira. É no banheiro do corredor das lideranças que abrem o bico sobre suas aventuras políticas. “Aquele velho me levou para a tal festinha, como é pegajoso!”, revela uma delas, aos risos. Outra dá dicas para aguentar, pois os “presentes valem a pena”. Contam detalhes sórdidos sobre as atitudes de Suas Excelências, mas sem deixar escapar demais e se queimar no meio. Outra admite: “Eu adoro as festinhas. Vou a todas”.
O colega, homem, em desvantagem na corrida pelas assinaturas, aproveita a ausência das meninas para revelar segredos: “Aquela ali mesmo era ninguém aqui. Andava de jeans e camiseta. Hoje posa em cima do salto e vestidinho brilhante, contratada pelo gabinete de um deputado”. Diz que já viu meninas que ganhavam R$ 3 mil sem nenhum contrato com a Casa receberem bônus de até R$ 15 mil. “Deputado não mede esforços para conseguir o que quer, se é que você me entende”, conta o rapaz. “Você não tem vontade de colher assinaturas também? Tem gente aqui que ia gostar de você”, pergunta, no intuito de também ganhar um por fora.

III O ponto das mexericas
São 19 horas de terça-feira. O movimento nos Anexos II e IV da Câmara aumenta consideravelmente. É hora de bater o ponto. Pessoas chegam com filhos vindos da escola, vestindo moletom ou roupa de academia, para não perder as horas extras. As meninas se destacam. Há as que chegam de chinelo, correndo para não perder o horário, outras com os cabelos molhados, roupa justa. Entram e não demoram cinco minutos para se afastar. Têm de ser discretas. As mais espertas entram pela parte de trás do Anexo IV e pegam carona na parte da frente. Assim, fica mais difícil desconfiarem da maracutaia.
No dia seguinte, a jovem dos cabelos molhados chega religiosamente no mesmo horário. Dessa vez um pouco mais calma. Entra, volta poucos minutos depois e fica sentada no fundo do prédio. Acende um cigarro, lancha, conversa com um comerciante que fica por ali. Em dia de sessão extra, é preciso ficar pelo menos até as 20h30 para ganhar um adicional no fim do mês.
Os motoristas das autoridades as apelidaram de mexericas. Recebem uma grana, têm crachá, batem ponto e estão na lista de funcionários, mas trabalho que é bom, nada. A não ser que prestem serviço fora da Casa. “No Anexo IV é mais fácil burlar, no II o serviço é técnico e tem gente de olho”, diz um funcionário há 15 anos lá.
Um homem apontado como agenciador de garotas aperta os olhos e reduz o volume da voz para falar: “Cada deputado tem R$ 60 mil para fazer nomeações. Pode chamar quem quiser, inclusive as amantes. Sai mais barato pagar uma garota pra não vir trabalhar do que ter gasto dobrado, não é?” Para ele, bobos são os que se satisfazem com R$ 1 mil mais transporte e alimentação para virarem laranjas. “Elas, não. Ganham muito bem, têm status de funcionárias da Casa e nem ficam aqui. Podem trabalhar por fora.” E finaliza: “Tá interessada?”
IV Esforço que compensa
As duas moças têm beleza e grande poder de sedução. Fazem sucesso no Congresso. A mais famosa é uma loira que já ganhou de jantares românticos nos restaurantes mais caros da cidade a propostas de programa com direito a voo de jatinho. Contratada pela Câmara, desfila pelos corredores com sua beleza estonteante, que deixa até outras mulheres babando. É concorrente forte.
Apaixonados sem cacife para passar uma noite com a moça dizem que ela já foi mais humilde. “Cobrava R$ 700, mas, depois de desfilar com o mais cotado dos parlamentares e o maior fã de garotas de programa, já pede R$ 1.200 por uma noite.” Apesar de trabalhar para outras pessoas, escolheu seu preferido e costuma passear com ele pelos corredores da Câmara. Ela é o biótipo de que ele gosta, por isso tem o privilégio de ser a garota eleita. “Ela é tão encantadora que tem homem sofrendo de amor, pagando presentes caríssimos para conquistá-la, mas ela prefere o dinheiro e só satisfaz aqueles dispostos a pagar-lhe”, revolta-se um admirador.
A outra não mediu esforços para fazer contatos no Congresso e conseguir uma carteira de clientes de respeito e contas bancárias milionárias. A espertinha conseguiu crachá falso que lhe dava acesso ao plenário, onde podia fazer, literalmente, o corpo a corpo com os deputados. Certa vez, armou uma confusão e foi barrada pelos seguranças, que descobriram a falcatrua do crachá.
E quem disse que isso a impediu de conquistar seu objetivo? Já havia tido o tempo necessário de fazer “amizade” com parlamentares e garantir um lugar ao lado deles no elevador de autoridades, onde não importa o crachá, mas o poder do deputado ou do senador. Segurança algum ousa levantar a voz para ela. Fez, aconteceu e conseguiu uma vaga no Senado. Trabalhava no cerimonial, mas foi demitida pelos sucessivos barracos que aprontava. Foi indicada para trabalhar na Procuradoria-Geral da República, onde passava apenas para deixar a bolsa e voltar ao Congresso para dar duro. Bastaram os três meses de experiência para ser demitida e voltar ao Senado, no emprego em que está até hoje.
E ainda aproveita para fazer propaganda do negócio que mantém fora, com serviços que custam R$ 1.200 por noite.
V A calcinha vermelha
A noite brasiliense é um paraíso para as aventuras de políticos. Os lugares favoritos são a casa de shows Pathernon, no Setor de Indústrias Gráficas, e a boate do Hotel Bonaparte, na Asa Sul. Abrigam as jovens mais bonitas e mais caras e os ambientes mais discretos. Seguranças, motoristas e assessores figuram como amigos, para que ninguém desconfie de nada. Elas comem e bebem do bom e do melhor por conta de Suas Excelências.
“Sempre me alimento melhor quando o cliente é político. Eles querem mostrar que podem e nisso não economizam.” Miriam é encantada por eles. Na cama da menina de 18 anos, eles se transformam em pessoas carinhosas, preocupadas, atenciosas: “Está com frio? Eu cuido de você”. Se é governador então, melhor ainda, ela diz. Ela não se esquece do prefeito mineiro que atendeu durante uma das marchas dos prefeitos. “Ele continua me ligando, mesmo não estando aqui.”
Diz que o dinheiro dos políticos garantirá a ela, em breve, um apartamento no Sudoeste. Por hora, preocupa-se apenas em se manter bonita e pagar o aluguel de R$ 2 mil do flat no bairro nobre. Em julho, nas férias, aceita fazer programa com pessoas de menor poder aquisitivo. Cobra R$ 400 a hora, dependendo do tipo de trabalho. “É apenas para manter o meu padrão de vida, mas eu gosto mesmo é quando o Congresso está funcionando. Ganho muito mais.”
Sem os políticos, diz, “as putas da cidade quebram as pernas”. Foi com um deputado nordestino que teve uma de suas noites mais inusitadas. Achou que a calcinha vermelha rendada que ele tirou do bolso do paletó era presente para ela. Ainda agradecia quando o deputado deixou-a boquiaberta: ele se despiu e vestiu a lingerie. “Ele desfilava pelo quarto como uma lady. Andava na ponta dos pés, sorria, parecia uma miss.”
Enquanto ela sorria discretamente e o elogiava, descobriu que seu papel naquela madrugada não seria o da menina inocente e sedutora, mas o do homem da relação. Depois disso, nunca mais o viu.
VII 19 anos, R$ 25 mil na bolsa
Morena, 1,63 metro, 55 kg, cabelos negros, 400 ml de silicone em cada seio, 19 anos. É no Pathernon que Rayka mostra o corpo e o talento para atrair homens. “O segredo é não se atirar. Quem tem dinheiro gosta de seduzir.” Enquanto as colegas partem para cima dos engravatados, ela joga o charme de longe.
É quando prefeitos, clientes assíduos da casa quando estão na cidade, não economizam para conseguir uma noite com ela. Cinco meses atrás, morava em Goiânia e ganhava pouco. Hoje tira R$ 25 mil por mês, fora presentes, como R$ 4 mil em roupas em um shopping caro da cidade. Tudo graças aos clientes financeiramente favorecidos, como empresários e parlamentares, além dos “queridos prefeitos” que pagam até R$ 3 mil para uma noite com a moça. “Sou a mulher que eles querem que eu seja. Executiva, moleca, devassa. Eles me pagam para isso.” Já fez papel de namorada, de sobrinha. Para isso, estuda espanhol e inglês. Precisa estar sempre disposta, social e apresentável para não levantar suspeitas. Goianos e gaúchos são os mais seduzidos pelos encantos de Rayka. “Também são os mais exigentes”, assegura. Na hora da fantasia, vale tudo, com pagamento sempre em dinheiro, não importa o valor.
Programa bom é programa ilegal
Garotas de programa circulam abertamente pelo Congresso, mas deputados e senadores não querem reconhecer a profissão que elas exercem. Em 2003, o então deputado Fernando Gabeira, do Partido Verde, apresentou proposta de regulamentação da profissão, com base em reivindicações de organizações da categoria. Ouviu mulheres que já haviam abandonado o sexo como trabalho e outras que ainda sobreviviam disso.
Mas de nada adiantaram os depoimentos dramáticos de mulheres que sofrem nas mãos de cafetões. Em 2007, o relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ACM Neto (DEM-BA), deu parecer contrário e a proposta foi derrotada.
Gabeira afirma que ACM Neto tem uma visão equivocada do projeto, achando que aprová-lo seria uma afronta à família. “Essas mulheres usam o corpo para sustentar suas famílias”, diz. O ex-deputado pega no ponto: “É um problema de consciência e contradição no discurso”.
O projeto de Gabeira previa fiscalização profissional e, com isso, o risco ao já ilegal emprego de agenciadores, que fazem a intermediação entre os parlamentares e as garotas de programa. Gabeira diz que um grupo de deputados tenta ressuscitar o projeto e colocá-lo em tramitação. As organizações não governamentais envolvidas no assunto tentam fazer um movimento em prol do projeto, mas não há nenhuma garantia de que seguirá adiante.
Já o deputado João Campos (PSDB-GO) pretende acabar com a prostituição. Apresentou um projeto de lei que criminaliza o pagamento por serviços sexuais. Outras propostas parecidas já foram apresentadas e arquivadas, como a do então deputado Elimar Máximo Damasceno, eleito pelo extinto Prona em São Paulo.
Nem regulamentação, nem criminalização. Para muitos parlamentares é mais conveniente deixar tudo do jeito que está.
A gaveta das notas de R$ 100
Mesmo recebendo R$ 26 mil por mês, fora verbas indenizatórias, há parlamentares que pechincham muito ao negociar com as garotas de programa da cidade.
Viviane, loira de seios naturalmente fartos, não aceitou barganhar com dois deles, que pediram que ela e a amiga baixassem o preço do programa no apartamento funcional. “Nunca faria isso. Deveriam é pagar melhor. Eles roubam dinheiro do povo, incluindo o meu, e não perderia a oportunidade de tirar uma boa verba deles.” Viviane os conheceu em um famoso restaurante da Asa Sul. A sofisticação dela chamou a atenção dos dois parlamentares. Ela bebia um uísque Jack Daniel’s quando foi abordada. Disse que sairia com as duas excelências se eles estivessem dispostos a pagar. Eles aceitaram, mas só reclamaram do preço no encerramento dos trabalhos.
A loira prefere sair com altos funcionários do governo. Foi com eles que conheceu uma mansão no Lago Sul, com piso de mármore Carrara e um quarto com uma gaveta de mais de um metro de comprimento, de onde um dos clientes tirava notas e mais notas de R$ 100 para impressioná-la. O grande trunfo da jovem de 24 anos, que chega a ganhar R$ 30 mil por mês, é um lobista famoso. “Ele tira bolos de dinheiro do bolso para pagar tudo”, conta. Já o viu gastar R$ 2 mil em um jantar para quatro pessoas em um restaurante.
Viviane ainda não está satisfeita. Quer o contato de uma mulher que promove festas no Lago Sul para políticos, com a presença de mulheres famosas e capas de revista, cujos programas saem por, no mínimo R$ 13 mil. “E ainda quero desfilar no Congresso para incrementar minha renda.”
Por: Rafania Almeida  //// meiaum


25 de julho de 2011

Revista mostra que Gays estão longe do Arco-Iris no Brasil

Público participa da 15ª Parada do Orgulho Gay em São Paulo (Anderson Barbosa/Fotoarena)
Com apenas 2,8 quilômetros de extensão, a Avenida Paulista é uma das provas mais veementes da consolidação dos direitos dos gays brasileiros. Ali, pares masculinos caminham tranquilamente de mãos dadas, misturados aos 1,2 milhão de pedestres que passam por lá todos os dias – e, gostem ou não, estão cada vez mais acostumados a essa nova paisagem. Ali, não raramente, casais de mulheres se beijam à luz do dia. E ali acontece a maior Parada do Orgulho GLBT do mundo, que reuniu 4 milhões de pessoas neste 26 de junho.

A avenida, no entanto, também tem servido de cenário para manifestações homofóbicas. De novembro para cá, foram registrados os seis casos mais graves de violência contra homossexuais ocorridos no Brasil. Esses contrastes transformaram a mais paulista das avenidas num microcosmo do que se passa atualmente no restante do país.

Os avanços jurídicos, culturais e até religiosos ocorridos nas últimas décadas não foram suficientes para garantir aos homossexuais uma cidadania plena. Em maio de 1993, VEJA publicou uma reportagem de capa com o título “O que é ser gay no Brasil”. Os dados de uma pesquisa realizada na época pelo Ibope e divulgados naquela edição informavam que 56% dos entrevistados se afastariam de um colega caso descobrissem que ele era homossexual, 45% dos pacientes mudariam de médico e 47% dos eleitores mudariam seu voto. Do total, 44% debitavam aos gays o aparecimento da aids.

O limite da tolerância :

Passados 20 anos da edição de VEJA, os homossexuais estão em todas as empresas e profissões, representantes do movimento gay são cada vez mais numerosos na Câmara dos Deputados e está mais do que provado que a aids não surgiu por culpa do homossexualismo. Contudo, os avanços não impedem que ocorram episódios inquietantes. Há uma semana, em São João da Boa Vista, a 225 quilômetros de São Paulo, um homem de 42 anos e seu filho, de 18, foram atacados depois de confundidos com um casal gay.

O pai teve metade da orelha arrancada a mordidas. Um relatório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia, primeira organização homossexual do Brasil, informou que, em 2010, foram assassinatos 260 gays, travestis e lésbicas no Brasil – 62 a mais que em 2009.

Casos como esse manifestam de modo extremo pensamentos arraigados em grande parte da sociedade brasileira. São raras declarações semelhantes às feitas recentemente pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) e pela deputada estadual Miriam Rios (PDT-RJ). Mas não são poucos os que concordam com elas.
Depois de promover uma enquete e descobrir que 75% dos entrevistados não queriam um beijo gay na televisão, o novelista Aguinaldo Silva, assumidamente homossexual, foi enfático: “Beijo gay, só lá em casa”. É provável que nas ruas essa decisão seja criticada por brasileiros que, em casa, se sentirão à vontade para aplaudi-la.

Se o Brasil fosse tão colorido quanto aparenta, as emissoras de televisão não hesitariam tanto em mostrar na tela um beijo entre homossexuais. O primeiro beijo lésbico nos EUA, por exemplo, consumou-se em 1991, na série “L.A Law”. Exatamente 20 anos depois, os autores da novela Amor e Revolução, do SBT, criaram coragem para repetir a cena por aqui. Nos EUA, dois homens se beijaram em 2000, na série “Dawson’s Creek”. Não há previsão para que a cena seja reprisada no Brasil.

Atualmente, os campos de batalha dos gays brasileiros passam por questões jurídicas, morais, religiosas e científicas. E a luta tem tudo para ser longa.

Os argumentos jurídicos:

Até esta quinta-feira, mais de 350 casais homossexuais haviam conseguido o reconhecimento de união estável – aprovado por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal em 5 de maio deste ano. Quatro foram transformadas em casamento civil.

“Jamais imaginei que viveria para ver isso”, diz Tony. Para o presidente da ABGLT, os responsáveis por essa conquista foram os próprios homossexuais. “Aprendemos a nos mobilizar e a pressionar politicamente”. Hoje, os 300 grupos que lutam pelos direitos dos gays espalhados pelo Brasil, organizam mais de 250 passeatas anualmente.

Dos quatro casamentos entre pessoas do mesmo sexo, dois por pouco não se concretizaram. Titular da 1ª Vara de Registros Públicos de Goiânia, juiz de Direito desde 30 de setembro de 1991, casado e pai de dois filhos, Jeronymo Pedro Villas Boas foi responsável pela decisão polêmica. Amparado na Constituição Federal Villas Boas anulou a certidão de casamento expedida a dois casais homossexuais por cartórios de Goiás.

“A poética decisão do Supremo desnaturou o conceito constitucional de Família, que se forma apenas entre homem e mulher”, sentenciou o magistrado.

“O STF não possui aptidão para modificar a Constituição”.

Também pastor da Assembleia de Deus, Villas Boas foi alvo de duas acusações: afrontar o Supremo e proceder com excesso de moralismo. Villas Boas nega que se tenha baseado em questões religiosas. “Sobre ter afrontado o Supremo, considero que antes de tudo houve uma afronta do Supremo à Constituição”, diz. “Quanto ao moralismo, penso que na ausência de razões para o debate, o rótulo de moralista é usado como recorrência para tentar descredenciar uma opinião contrária”.

Para a advogada Maria Berenice Dias, estudiosa da jurisprudência sobre o assunto, a decisão do STF foi o desfecho de uma séria de mudanças iniciadas há pelo menos 10 anos. “Faz tempo que ações isoladas de juristas têm permitido que homossexuais tenham direito à pensão por morte do parceiro, por exemplo, que sejam incluídos entre os dependentes de planos de saúde, ou que possam se associar ao clube de seus companheiros”, diz Maria Berenice..

Em 4 de julho deste ano, uma resolução do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça estendeu o direito à visita íntima “às pessoas presas casadas, em união estável ou em relação homoafetiva”. E a orientação sexual deixou de figurar entre os critérios de seleção de doadores de sangue em 14 de junho.

A Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil, presidida por Maria Berenice, prepara um documento destinado a unificar os direitos de gays, lésbicas, transexuais e travestis. Entre outros objetivos, a Comissão pretende transformar em lei o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e criminalizar da homofobia.

“A pretensão de criminalizar a crítica ao homossexualismo não passa de uma tentativa de interferir na liberdade de expressão num veio onde os conteúdos e opiniões possuem fortes pontos axiológicos”, acredita Villas Boas. “Caso a homofobia seja criminalizada será dever desse mesmo parlamento criminalizar a heterofobia, o que me aparente algo bastante arriscado, que pode levar a sociedade a se segregar, gerando um sistema de apartheid”.

A moral e a religião:

“O homossexualismo mexe com a noção tradicional de família”, acredita Denise Pará Diniz, terapeuta comportamental e coordenadora do setor de gerenciamento de estresse e qualidade de Vida da Unifesp. “A família constituída por um homem e uma mulher tem como objetivo a procriação. Nesse sentido, ela é um dos pilares da sociedade, algo que permite a ela se perpetuar. Por isso o homossexualismo gera tanto desconforto em algumas pessoas”.

Embora convencida de que a união estável entre pessoas do mesmo sexo não pode ser equiparada à família, “que se fundamenta no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e educação dos filhos”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem se mostrado mais tolerante no trato do tema. Na mesma nota em que acusa o STF de ter interferido na esfera de atribuições do Congresso Nacional, a quem cabe propor e votar leis, a CNBB diz que “as pessoas que sentem atração sexual exclusiva ou predominante pelo mesmo sexo são merecedoras de respeito e consideração”. E conclui: “Repudiamos todo tipo de discriminação e violência que fere sua dignidade de pessoa humana”.

Em julho de 2003, o Vaticano lançou uma campanha mundial contra a legalização da união civil homossexual, pedindo aos políticos católicos de todo o mundo que se pronunciassem contra o casamento gay. Cinco anos depois, o Vaticano se opôs à proposta apresentada a ONU pela França, de exigir a descriminalização universal do homossexualismo. Em abril de 2010, o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, afirmou que os casos de pedofilia entre padres católicos tinham mais relação com a homossexualidade do que com o celibato.

"Muitos psicólogos e psiquiatras demonstraram que não há ligação entre celibato e pedofilia, mas muitos outros demonstraram, ouvi dizer recentemente, que há uma relação entre homossexualidade e pedofilia", argumentou Bertone. "Essa é uma doença que atinge todos os tipos de pessoas, e padres em uma escala menor em termos percentuais".

A homossexualidade continua a ser vista com desconforto pelas religiões cristãs, que associam a relação sexual exclusivamente à procriação. Nunca ao prazer ou ao amor entre duas pessoas. Em alguns países de religião predominantemente muçulmana, como a Arábia Saudita, o Irã e o Iêmen, o homossexualismo é punido com pena de morte.

Apesar de a homossexualidade ser tratada pela grande maioria dos evangélicos como doença, ou até como uma maldição demoníaca, duas igrejas de São Paulo acolhem gays entre seus fiéis e realizam cultos celebrados por pastores homossexuais. São a Comunidade Metropolitana, no bairro da Bela Vista, e a Comunidade Cidade de Refúgio, em Santa Cecília.

Genética ou criação? 

A ciência também é palco de uma polêmica sobre os homossexuais. Há anos, o meio acadêmico se divide entre os que acreditam que o homossexualismo tem razões genéticas e os que entendem que os homossexuais são fruto do meio em que vivem. Até agora, nenhuma das teorias foi cientificamente comprovada. “O que se sabe é que não é uma opção sexual, mas uma orientação”, afirma o médico e psicoterapeuta Geraldo Possendoro, mestre em neurociência do comportamento pela USP. “Um homossexual não tem escolha, da mesma forma que um heterossexual não tem a opção de se sentir atraído por um homem ou uma mulher. Ele gosta e ponto”.

Assumir a homossexualidade, segundo o médico, diminui consideravelmente o grau de ansiedade e estresse. O apoio da família também afasta o risco de depressão e suicídio. Possendoro atribui a aceitação crescente do homossexualismo a uma evolução da sociedade. O psicoterapeuta, entretanto, evita manifestar-se sobre a adoção de filhos por casais gays. “Não sou contra nem a favor”, diz. “Não tenho como me manifestar porque não existem dados científicos para saber quais serão as consequências na vida de uma criança”.

“Esses novos núcleos familiares podem culminar em novas pessoas, novas cabeças e novos corações”, diz Denise Pará Diniz. “Podem fazer com que a humanidade consiga conviver melhor com as diferenças”.

Na contramão de Denise, Villas Boas sustenta que quando duas pessoas do mesmo sexo optam por um relacionamento homossexual fazem uma opção por não terem filhos, diante da impossibilidade natural disto ocorrer. “Esta decisão fundamental retira não só a aptidão, mas também a legitimidade de duas pessoas do mesmo sexo para ambicionar a adoção de uma criança como se constituíssem núcleo familiar”, afirma.

É apenas mais um exemplo de que, apesar de todas as mudanças, a história está em seu começo. E não tem prazo para terminar.

Fonte: Veja  /// Por: Branca Nunes

Artistas Lamentam morte de Amy Winehouse

Ivete Sangalo e Daniela Mercury

Ivete Sangalo lamentou a morte de Amy Winehouse através do seu Twitter: “Pôxa, que triste, pequena Amy morreu. Fico triste de ver nesse caminho muito talento, mas na mesma medida um sofrimento indecifrável. Deus dará a ela conforto e paz. Continuarei sua fã”. Durante sua apresentação na noite de sábado (23), no Fortal, o carnaval fora de época do Cesará.

Daniela Mercury subiu ao palco vestida  à la Amy, usando um topetão nos cabelos e os olhos bem pintados, que eram características da inglesa. A baiana improvisou a música Rehab e fez um discurso contra as drogas:  “Vamos nos embriagar de poesia e de imaginação, a gente não precisa de drogas para se divertir”.

Ana Maria Braga no seu programa Mais Você

 Ana Maria Braga Faz Homenagem no seu Pragrama " Mais Você "


A apresentadora Ana Maria Braga atacou de Amy no seu programa do dia 25/07 na rede globo, comentou e se disse fã da cantora ...
Se vestiu a la Amy, foi bem legal ...









Pitty chora morte de Amy Winehouse e faz homenagem em show em NY

 

A cantora baiana Pitty manifestou seu pesar pela morte da inglesa Amy Winehouse, através de seu perfil no Twitter. Pitty, que está nos Estados Unidos, expressou sua surpresa com o falecimento de Amy, protestou contra quem fazia críticas à cantora e prometeu uma homenagem em seu próximo show: 

"acabo de chegar em NY e saber... triste, triste (...) estou sentada num restaurante e lágrimas caem dos meus olhos. podem olhar a vontade, mtfckrs. Amyzinha partiu. impressionante como tem imbecil no mundo. merece mesmo é um CALABOCA bem gostoso quem fala merda numa hora dessas, na moral. o melhor que posso fazer é homenageá-la no show  no Central Park, tocando uma de suas músicas com a alma entregue", postou a roqueira, sem dizer qual música seria a escolhida.


Por: TigoRodrigues

RECURSOS PARA A CULTURA PODEM QUADRUPLICAR NO BRASIL

Os recursos federais para a Cultura podem saltar de R$ 2,9 bilhões para R$ 12,9 bilhões anuais, caso três propostas em tramitação na Câmara Federal sejam aprovados. O Projeto de Lei 5798/09, que cria o Vale-Cultura;

A PEC 150/03, que prevê destinação obrigatória de pelo menos 2% do Orçamento da União para o setor; e o Projeto de Lei 6722/10, que institui o Programa Nacional de Fomento e Inventivo à Cultura (Procultura), multiplicariam em quatro vezes e meia os recursos destinados pelo governo ao segmento, por meio de incentivos, renúncia fiscal ou diretamente pelo Orçamento.

Na avaliação da presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), as propostas são importantes porque o financiamento “representa tudo” para o setor cultural. Ela ressalta que, embora os textos já tenham sido aprovados pela comissão, os parlamentares ligados ao tema estão mobilizados para assegurar que as propostas encerram sua tramitação até o final do ano.

“É importantíssimo consignar na Constituição recursos para a Cultura em todas as esferas. Não é uma PEC simples de se aprovar, mas está na hora de buscar essa discussão”, argumenta a deputada, que é coautora da PEC 150/03.

Por: BahiaNotícias //// TigoRodrigues

19º Festival Mix Brasil aborda a ocupação urbana – inscrições vão até 15 de agosto

Troféus do 18º Festival Mix Brasil Foto: Divulgação
O maior festival de cinema voltado à diversidade sexual no Brasil está com inscrições abertas. A 19º edição do evento, que acontece em São Paulo entre 10 e 20 de novembro, terá o tema “Vamos Ocupar a Cidade” e discute a ocupação dos espaços públicos e privados pelo universo GLBT.

 Outra novidade desta edição é a adoção do formato multidisciplinar, sob a direção de André Fischer e João Federici. Além dos filmes, espetáculos teatrais, eventos esportivos e de moda serão parte do evento. Videomakers e cineastas, profissionais e amadores, podem enviar com temas relacionados ou interessantes ao meio GLBT, de todos os gêneros, para concorrer no festival.

Os premiados da última edição, em 2010, incluem o longa peruano “Contracorrente”, o curta brasileiro “O Bolo” e o curta “Eu não quero voltar sozinho”. A lista completa está disponível aqui.
O regulamento e a ficha de inscrição para o 19º Festival Mix Brasil podem ser encontrados na página do evento.

Por: MixBrasil /// TigoRodrigues

21 de julho de 2011

Processos por homofobia em São Paulo já superam os de 2010

 
São Paulo – A Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo instaurou neste ano, até o momento, 40 processos por desrespeito a Lei Estadual 10.948 de 2001 que proíbe a discriminação por orientação sexual.
 
O número já é maior do que os 33 processos inciados em 2010. A coordenadora de Diversidade Sexual da secretaria, Heloísa Gama, atribui o aumento a divulgação da lei. “As pessoas têm procurado denunciar mais. Nós também estamos fazendo um trabalho maior de divulgação da lei”, ressaltou.

Segundo ela, a secretaria está fazendo campanhas de conscientização no interior do estado. “Porque nós estamos recebendo um número de denúncias no interior que está preocupando. A gente tem sentido que o número de denúncias tem aumentado”. 
 
Os denunciados podem sofrer um processo administrativo com penas que variam da advertência até a aplicação de multas.Na última sexta-feira, um grupo agrediu pai e filho ao confundi-los com um casal gay em São João da Boa Vista, município da região de Campinas. A polícia da cidade está apurando o crime, no qual o pai teve parte da orelha decepada. Ele passou no dia (19/07) por exames no Instituto Médico Legal (IML).
Para Heloísa, desde o ano passado tem havido um acirramento do debate em torno dos direitos dos homossexuais e transexuais. “Nós temos sentido que desde o ano passado essas questões têm sido mais discutidas.
 
Por outro lado, tem tido uma animosidade muito grande de alguns setores religiosos. E essa animosidade acaba fomentando violência”.A identificação específica das ocorrências envolvendo violência contra essa população é apontada pela coordenadora com uma necessidade para fortalecer o combate a esses crimes.
 
Atualmente, lembra Heloísa, as ocorrências policiais registram esses fatos apenas como agressões ou ameaças, sem a identificação da motivação homofóbica. “Essa é uma luta do movimento LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais] há muitos anos. Ter um dado estatístico mais fidedigno, até para poder combater”.

Além da divulgação da lei contra homofobia, a secretaria investe em ações de capacitação de policiais e funcionários públicos para tentar contornar o problema. De acordo com Heloísa, também existem ações voltadas para o público LGBT. “Você tem que mostrar para o seguimento LGBT que você não pode aceitar passivamente e não denunciar quando você sofre uma discriminação homofóbica”.


Por: TigoRodrigues

11 de julho de 2011

O novo PLC 122: exorcismo de bicha pode, claro


Nunca tive notícias que em outro país do mundo políticos e lideranças evangélicas fossem chamadas para propor uma lei que beneficie a comunidade gay. Minorias _como a de gays, de negros, de mulheres_ protagonizaram suas próprias reinvidicações e as fizeram valer, mesmo que isso demorasse gerações. Imagine se a lei do racismo fosse escrita pela Ku Kux Klan. Ou que para escrever a lei Maria da Penha tivesse sido consultado o cantor Netinho.

Pois é isso que está acontecendo no Brasil com o PLC 122. Como a lei anti homofobia não conseguiu avançar um centímetro dentro do Senado, a relatora Marta Suplicy foi até as lideranças evangélicas da casa _ senadores Magno Malta(foto) e Marcelo Crivella, os grandes opositores do PLC 122, além do "moderado" Demóstenes Torres, do DEM_ e costurou um acordo para um novo texto que substituirá o PLC 122. Eu li o novo texto. Ele torna crime e tipifica crimes de fundo homofóbico (em casa, no trabalho, na repartição pública...). Mas, claro, não versa em momento algum sobre a ofensa moral.

Piadinha com gays? Pode. "Exorcizar" gays no palco da igreja e transmitir na TV? Tá permitido. Falar que gays são filhos do capeta? Nossa, claro que pode. O que significa que os motivadores de toda violência homofóbica estão liberados. Só bater, espancar e matar é que não pode.

Pastores dizem ser "A Cura dos Gays'' no Brasil
Pode-se criar um ambiente homofóbico generalizado (ou vai dizer que a tiazinha que vê na TV alguém sendo exorcizado por ser gay não gera uma ideia errônea sobre a homossexualidade), mas deve-se permitir que os gays vivam nesse ambiente. Quer dizer: que sobrevivam neste ambiente, que sofram por sua "escolha", mas que não morram, pelo amor de deus, afinal, só "Deus pode matar". Essa nova lei não modifica em nada a cultura homofóbica vigente no Brasil, ela apenas penaliza seus ultra-radicais, os que passaram do limite. Mas a homofobia diária e constante continuarão perfeitamente permitidas em lei. E com um agravante: depois de tanto desgaste político, vai ser difícil alguém querer nesse vespeiro novamente.

Marta
Devo assumir aqui que tenho grande admiração pela Marta Suplicy e também que ela merece meu voto de confiança. Mas seria omisso se não dissesse o que acredito ser um erro histórico: no afã de se aprovar uma lei anti-homofobia (que de fato é urgente) e na impossibilidade de aprovar o PLC 122 (o que é fato notório), recorre-se a uma aliança sem sentido. Será que essa mesma aliança poderia ser feita para aprovar o casamento civil entre homossexuais? É claro que não. Essa aliança diz o seguinte: "olha Marta, você tem sua lei. Olha evangélicos, matar bicha não pode né, a gente é a favor da paz."

Substitutivo
Eu publiquei que o PLC 122 tinha sido arquivado. Recebi mais um daqueles bullying cibernéticos que estou mais que acostumado e dos quais tenho a menor sensibilidade. Depois o gabinete da Marta enviou uma carta de esclarecimentos em que ela dizia que nunca tinha falado em "arquivamento". Publiquei a carta na íntegra. Na terça-feira a senadora concedeu uma entrevista ao Mix dizendo que o PLC 122 não havia sido arquivado mas estava quieto (nas palavras delas). Hoje chegou o novo texto com a seguinte título: "Emenda CDH - Substitutivo do PLC 122". Marta diz que o PLC 122 está "quieto", o novo texto é um "substitutido". Porran, se isso não é estar aquivado, o que seria né....

Escrito por Marcelo Cia /Mix Brasil

5 de julho de 2011

Boates, Baladas , Festas em Brasília ? ai vai dicas quentes para aquecer o inverno!


Fachada da Blue Space Brasília
Blue Space Brasília sai de cena em setembro após 4 anos

A Blue Space São Paulo está prestes a sair  de cena em Brasília. O terreno, onde a boate está instalada no Distrito Federal foi vendido a uma incorporadora.
O proprietário José Victor bem que tentou negociar, mas o máximo que conseguiu foi estender o prazo para saída do local para o mês de setembro, quando acontece uma mega festa de despedida.
Enquanto setembro não chega o Club encontra-se aberto e abarrotado de gente toda sexta e sábado as 23:59 hs.

Em abril, a Blue Space Brasília completou quatro anos de grande sucesso. Em entrevista, Victor disse estar muito satisfeito com o empreendimento. Agora, após a venda, Victor não pretende investir em um novo espaço por considerar muito desgastante começar do zero. Deve continuar apenas com a famosa casa azul da Barra Funda, em São Paulo.
Já os organizadores da festa Let's,Club, a Lili Santana e os produtores mais badalados de Brasilia se uniram e pretendem abrir uma nova boate GLS, assim que a Blue Space fechar.


Vista de Dentro do Club Oficina Club
O Club Oficina  movimenta as quintas-feiras de Brasília 

Com música de qualidade e um espaço que muda com frequencia lembra mais uma oficina mesmo.
Depois de várias mudanças e melhorias a casa ganhou ares de club e se transformou em BOATE OFICINA CLUB , sintetizando o gênero de festas que produz e que tanto agradam a todos. 


Nos preocupamos sempre em atender as necessidades de nossos clientes e amigos a BOATE OFICINA CLUB , através de pesquisa nas casas noturnas do Brasil e de participarmos ativamente da cena Brasiliense, contrata grandes artistas da cena nacional pra fazer com que cada evento nosso deixe saudade e expectativas para o que vira a ser a próxima criação.

O Club ja conquistou seus clientes nestes 6 anos de existência, A casa ficou bastante conhecida em todo o Brasil por abrigar os mais belos dançarinos da noite local e nacional. vale a pena conhecer e sentir a balada no Club, que sem dúvida depois da saida da Boate Blue Space se tornará o queridinho da cena Brasiliense.
A casa abre a partir quinta-feira e tem programação variada durante todo fim de semana. site:  http://www.oficinaclub.com



Fachada e aréa intena
Boate Star Night Ferveção no centro da capital !

Recentemente reinaugurada em um novo local a boate lembra bastante os pub's Londrinos, o climatizado perfeito em um local bem decorado e com detalhes minunciosos chamam atenção para esse novo local.
  
A Boate é conhecida internacionalmente pelos Striper femininos e por realizar os fetiches indiscretos de seus clientes, Lembrando que a Boate não é GLS mais todo sabádo tem uma programação Aberta que fica lotada e atrai os moderninhos de Brasília.


A Boate Star Night  fica no SCLS 203 - Bloco A Loja 35 (No Setor Comercial Sul) funciona de segunda a sábado a partir das 20hs, vai ser um prazer seu conhecer esse Hot Pub no centro de Brasília. Fones: (61) 3223-1049 (61) 8118-0155 Site: http://www.starnightboite.com.br/  a boate ainda tem um sistema de intenet Wi-Fi gratis, chapelaria, manobrista e também um serviço de motorista para toda a aréa central de Brasilia isso tudo gratis.


 Festa, "Kinda", PUB , Glow Lounge ?

A Glow Lounge começou através de uma festa há 4 anos, onde mesclava muita luz e cores em seu conceito e agora surge com uma proposta diferenciada para Brasília, porém com o mesmo significado.
Reúne em um único ambiente e em períodos diferentes, restaurante, bar, balada e revista (Isso mesmo! REVISTA GLOW MAG! Uma revista de bolso que traz toda a agenda da casa, vouchers de descontos, matérias interessantes, assuntos das noitadas e muito mais) . Une a gastronomia, diversão, cultura e música de forma inédita e com muitos drinques fluorescentes, que até reagem à luz negra, concebidos pela Drink Desing (empresa paulista). É uma combinação perfeita para se sentir importante e fazer com que seus amigos sejam também, pois vocês não ficarão imperceptíveis no meio de tantas luzes! 

A iluminação do espaço é um show a parte. O Studio 161 trabalhou com diversas referências para compor o visual da casa. A idéia partiu dos neons da década de 80 e das lâmpadas usadas pela cantora Kylie Minogue em seus shows. Os filmes Tron-Legacy e StarTrek também serviram de inspiração para compor o ambiente, além do conceito visual usado nas festas Glow.


Agitação
 
As festas Kinda (quinta-feira), WOW (quarta-feira) e Let’s Club Baby (domingo) são responsáveis por agitar a noite. Tradicional as quintas-feiras, a Kinda dos produtores Biondo e Willy continua a todo vapor. A Casamiga, que antes realizava festas no Velvet Pub, agora inaugura um novo formato: a WOW traz temas inusitados e atuais todas as quartas.

E para finalizar a semana, A Let’s Club Baby será uma mini edição da festa semanal da Blue Space. Sempre aos domingos, a label fecha a programação de novidades do Glow Lounge.
E não para por ai a casa abre para o café da manhã, almoço, happy hour e balada após as 20hs, sempre tem atrações impecaveis e para todos os gostos e paladares. Confira Vá até la e se Divirta! È Garantido!
Telefone: (61) 8403-4355, GlowLouge fica no Setor Comercial Norte Quadra 03 Bloco C loja 05 , - Asa Norte - Brasília - DF site: http://glowlounge.com.br/

CENSURA 18 ANOS / INFORMAÇÕES NOS SITES /// VALOR VARIA COM A PROGRAMAÇÃO DAS CASAS





Por: TigoRodrigues

4 de julho de 2011

Ministro do STF defende criminalização da homofobia


Conhecido por citações poéticas e votos progressistas, o ministro disse em entrevista aos repórteres Felipe Seligman e Johanna Nublat que o homofóbico "chafurda no lamaçal do ódio".

O projeto de lei anti-homofobia está parado há dois meses no Senado, por causa de protestos de congressistas da bancada evangélica.

Para o ministro, não são necessárias novas leis para garantir aos casais gays os mesmos direitos dos heterossexuais já que a Constituição é "autoaplicável".

Questionado se qualquer decisão que diferencie a relação entre o homossexual e o heterossexual vai contra o STF, o ministro disse que sim. "A decisão foi claramente no sentido da igualdade de situações entre os parceiros do mesmo sexo e casais de sexos diferentes."

Por: Folha  /// TigoRodrigues